Florescer é o efeito colateral da presença

Florescer é o efeito colateral da presença

Antes de buscar a transformação, o corpo pede pausa.
Antes de florescer, ele pede chão.
E é nesse espaço entre o fazer e o sentir que mora o verdadeiro cuidado.

Vivemos tempos em que a pressa se disfarça de produtividade e o corpo é convocado a acompanhar um ritmo que não é o dele.
Mas o Ayurveda, essa medicina que é também poesia, nos lembra que tudo que é vivo só floresce quando há presença.

A pele, o cabelo, a mente, o sono, todos respondem ao mesmo princípio: o da constância com intenção.
É o óleo morno que toca a pele, o banho sem pressa, o chá antes do dia começar.
Pequenos gestos que, repetidos, reeducam o sistema nervoso a confiar de novo.

No Ayurveda, o toque é um alimento.
Chama-se Abhyanga, a oleação corporal e é muito mais do que hidratação.
É um diálogo silencioso entre corpo e alma, um lembrete diário de que o amor também se aplica na pele.

O corpo não muda com promessas rápidas.
Ele se transforma quando percebe que está seguro.
E é dessa segurança que nasce o florescimento.

Florescer não é o resultado de um produto.
É o efeito colateral de quem se cuida com presença.
De quem escolhe o toque ao invés da correção,
o ritmo ao invés da urgência,
a rotina ao invés da novidade.


Que essa semana você escolha um gesto simples 
um toque, um óleo, uma pausa.
Porque o corpo não precisa de muito para florescer.
Ele só precisa de você, presente.

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